A Minha Mãe Acumulava Muito Lixo – Um Caso Real.
Existem tantos casos em Portugal, muitos descobrem-se passado anos e anos de acumulação. A perturbação da acumulação compulsiva afeta muita gente, especialmente da faixa etária dos 60 anos para cima. Passam tantos casos pelas nossas mãos, familiares em agonia para resolver a situação que têm conhecimento e não sabem como solucionar.
Vamos hoje descrever um caso em primeira pessoa, que assim como todos, teve a nossa atenção e pudemos ajudar os familiares, efetuando a limpeza de uma casa com lixo.
Joaquina (nome fictício) vivia sozinha num apartamento enorme, em tempos segundo a filha Maria João (nome fictício), tinha sido uma mãe e cuidadora de muitos familiares. Fez a vida naquela casa, a mesma ao longo dos anos foi-se tornando cada vez mais vazia de pessoas e mais cheia de lixo. Joaquina já com 80 anos, foi internada compulsivamente por ser acumuladora, segundo a filha já não era possível deixá-la viver naquelas condições, as quais explica claramente serem deploráveis. “A minha mãe vivia numa lixeira sabe? A casa para ela era um monte de recordações, mas para mim é um monte de lixo e tralha sem sentido. A minha mãe ainda comprava pacotes de fraldas para o meu irmão ela contava-me e eu falava com ela com carinho porque o meu irmão morreu tinha 6 meses de vida e ela nunca ultrapassou bem esta perda, tanto que o quarto dele ficou sempre intacto, lembro-me bem em pequena, ninguém lhe podia mexer. Hoje este quarto está uma desordem pegada com imensas coisas de bebé, desde roupas, brinquedos… São uma diversidade de coisas, para mim era lixo, a casa deixou de fazer sentido pela desordem que ficou, mas ela não compreendia. Falámos tanta vez, ofereci a minha ajuda. Entrei nos últimos tempos poucas vezes em casa, muitas porque precisava de lhe prestar cuidados derivada à sua saúde sensível e eu era a única pessoa que ela deixava entrar, mas estava restrita apenas à sala logo à entrada e fui-me apercebendo da casa cheia de lixo e tralha, eu olhava sobre o hall de entrada e as paredes não se viam, estavam cobertas com o lixo. Em conversa com ela, a minha mãe não fuma, mas comprava todos os dias um maço de tabaco que diz ser para o meu pai, assim como o seu jornal, o meu pai faleceu há 8 anos. Depois do meu pai falecer a situação tornou-se muito caótica, ela começou num desespero a acumular lixo, inclusive o lixo comum ela não deitava fora. A minha mãe fazia compras no supermercado todos os dias, mas chegava a casa e pousava os sacos em qualquer lugar, não consumia quase nada do que comprava, comprava de tudo, carne, peixe, legumes que apodreciam. Nestes últimos anos fiz várias tentativas e falei com ela, para tentar perceber que viver assim estaria a prejudicar gravemente a saúde, ela já tinha muitos problemas de coração e respiratórios, sem falar nos psicológicos, por não ultrapassar a perda do meu irmão. Acho que foi isto que a levou a ser acumuladora, mas antes não era tão caótico, havia por vezes uma pequena desordem, mas nada de acumulação de lixo, também havia o meu pai, que controlava a situação e outras crianças que ela cuidava da família que foram aconchegando o seu coração. Eu tinha consciência que ela tinha vergonha de ter a casa cheia de lixo porque fechava as portas e as poucas janelas que ainda tinha à mostra e não recebia vizinhos, nem ninguém dentro de casa. O apartamento não apanhava ar, tinha já bolor nas paredes, era um cheiro a humidade misturado com lixo, sentia-me tão mal ali dentro, o ar era pesado, não entendo como ela conseguia viver ali, mas fui tentando com calma fazê-la entender que poderia ajudá-la, eu e profissionais, mas negou sempre que precisava de ajuda, disse-me sempre que não era acumuladora. E a higiene? Ela estava sempre bem vestida, até fazia as unhas e o cabelo, parecia que quem a via na rua estava tudo bem, até se entrar dentro de casa. Procurei várias vezes ajuda, mas como os meus pais tinham posses, todas as portas que bati, foi em vão, visto que a casa era da minha mãe tinha que ser eu a resolver por minha própria conta e risco. Sei que isto não é um trabalho para mim, nem para uma empresa de limpeza doméstica, por isso sabia que teria de contratar outro tipo de serviço.”
Os nossos clientes quando nos contactam, já vêm por norma em desespero porque não querem o seu familiar a viver naquelas condições, rodeados de lixo. Da nossa experiência cada caso é um caso, os acumuladores de lixo são pessoas que raramente querem ou pedem ajuda. São casos complexos, o lixo deita cheiro, incomoda terceiros e estes casos são muitos deles sinalizados como de risco para a saúde pública, havendo ordem judicial por parte do tribunal para se proceder à limpeza da habitação. Gera muito stress nos familiares, os mesmos têm a consciência que convencer o acumulador a efetuar a limpeza é quase impossível, mas também deixá-lo ou abandoná-lo não é o que querem fazer. Acontece, terem que tomar posturas, como neste caso e serem internados compulsivamente.
Voltando ao caso, a nossa empresa foi ao local, conhecer então a casa da senhora Joaquina em primeira pessoa, relatos do nosso técnico especializado, e habituado a casos de acumulação compulsiva, afinal são já muitos anos de experiência em remoção de lixo e despejo de habitações de acumuladores compulsivos. “O lixo era de facto imenso, a casa de tipologia T3, à antiga com um corredor muito amplo, mas que neste caso estava atolado de lixo, era difícil chegar ao fim desse corredor, onde se encontravam no fim do hall dois quartos, nesses dois eu nem consegui lá entrar, pois as portas já estavam bloqueadas pelo lixo, e segundo a senhora Maria João, o lixo estaria até praticamente ao teto nessas duas divisões. Claramente não se trata só de acumulação, existe falta de higiene na casa, originando até presença de pragas como de baratas e ratos. A casa está insalubre, pude logo ao entrar deparar-me com paredes pretas escuras, algumas com bolor, outras com gordura e muita sujidade, o chão, não existia, existia uma papa em decomposição onde nós colocávamos os pés, bastante desagradável, à medida que ia passando os meus pés afundavam um pouco. Isto é sem dúvida um caso de sujidade extrema com acumulação de lixo. As zonas da casa que tinham uma acumulação mais ou menos moderada, seria uma sala logo à entrada, com um sofá e uma pequena tv em mau estado, com um móvel carregado de bibelôs e fotografias, existia muito odor, pois tinha algumas embalagens de comida à volta onde rondavam algumas baratas. A cozinha e as casas de banho nestes casos de acumulação são as divisões sempre mais caóticas, a cozinha, com um frigorifico já em mau estado, sem refrigeração e carregado de comida em decomposição com larvas onde o mau cheiro se fazia sentir. Havia muitas teias de aranha, percebia-se claramente que a cozinha não tinha utilização há anos, no entanto, não conseguíamos ver a bancada, pela quantidade de loiça suja, embalagens de comida, comida já podre, e a janela, marquise, completamente coberta de lixo, para conseguirmos ver a cozinha, teve que ser utilizando uma lanterna, visto que existiam problemas com eletricidade e não havia luz natural no espaço. Casas de banho, havia duas, uma ao lado da outra, nenhuma em condições, uma delas fechada a porta, que tivemos de quase arrombar, sanitários entupidos, sanita tinha fezes até cima, muito cheiro a urina, águas paradas e esverdeadas. A outra mais ou menos funcional, mas com muito lixo, papel higiénico sujo e empapado pelas infiltrações que havia na casa de banho, fraldas, entre outros utensílios com um cheiro nauseabundo.”
Nestes casos de desordem extrema, é difícil durante a limpeza de preservar alguns objetos ou móveis, estamos a falar de uma acumulação de anos, quando tiramos o lixo de cima dos móveis, muitos já estão com bolor, em mau estado. Algum lixo inclusive já entrou em estado de decomposição, o espaço é de risco biológico, não poderá ser classificado de outra forma! Sendo um espaço contaminado, o lixo tem que ser removido, com ele vão alguns bens, falamos por exemplo dos têxteis, pela falta de limpeza apresentam-se quase sempre negros e absorvem o cheiro, o odor intenso que se faz sentir, não sendo possível a sua recuperação. Nestes casos a DEATHCLEAN preocupa-se em deixar a casa limpa e desinfetada, é muito importante o processo de desinfeção, não só a coleta do lixo e matéria orgânica ali presente. Removemos maioritariamente tudo, inclusive para conseguirmos controlar o odor. Devolvemos a casa praticamente vazia aos familiares livre de qualquer tipo de contaminação.
A coleta ou remoção do lixo em Portugal, assim como trabalhar com risco biológico, obedece a vários padrões legais, informe-se antes de contratar uma empresa que não seja especializada e certificada. Deverá contratar uma empresa especializada para lhe resolver o problema. Confie na DEATHCLEAN, para garantir que até nos momentos mais difíceis a sua segurança estará sempre assegurada.
Saiba mais sobre o nosso serviço em: DEATHCLEAN
Consulte os nossos anteriores artigos: Artigos DEATHCLEAN Blog
PALAVRAS-CHAVE: Resíduos; Lixo; Limpeza; Deathclean; Risco biológico; Recolha; Recheio; Habitações; Casas; Hoarding; Hoarders; Acumulação; Lixo; Saúde Pública.