Morte e catástrofe: fatores de proteção perante o risco de patologia
O processo de luto gerado por uma morte violenta e inesperada, como aquelas que acontecem no contexto de desastres, catástrofes naturais e acidentes, encontra-se associado a um risco elevado de patologia.
Contudo, existem alguns fatores de proteção facilitadores do bem-estar e de um processo de luto funcional.
Como principais fatores de proteção identificados pela ciência psicológica, destacam-se os seguintes, designadamente:
- A existência de uma rede de suporte social;
- A identificação de rituais do luto funcionais;
- O recurso a estratégias saudáveis de gestão das emoções e do sofrimento;
- A atribuição de um significado à perda e ao próprio evento traumático;
- O diálogo acerca da experiência e consequente reformulação do impacto e significados associados à mesma;
- O assumir de um papel motivo para a mudança e alcançar do bem-estar;
- A redução da carga emocional negativa das imagens traumáticas associadas à perda (por exemplo, imagens do local da morte repleto de sangue e pertences da pessoa perdida).
A maioria destes fatores são passíveis de ser alcançados com recurso a ajuda psicológica especializada. O processo terapêutico associado à vivência potencialmente traumática de uma perda torna-se, não raras vezes, num processo de desenvolvimento e crescimento pessoal, dada a necessidade de integrar as mudanças geradas pela perda na identidade, as quais são exploradas e trabalhadas em sessão.
O objetivo da intervenção psicóloga é, sempre, potenciar os recursos emocionais da pessoa e atenuar as fragilidades, ou seja, aumentar os fatores de proteção enquanto são reduzidos os fatores de risco de patologia. Ter a coragem de pedir ajuda e iniciar um processo terapêutico é, por si só, um fator de proteção, dados os benefícios da intervenção psicológica a curto e a longo prazo, nos inúmeros domínios de funcionamento da pessoa em luto.
Aquando de uma experiência traumática, perante a qual sentimos que não possuímos recursos para gerir o sofrimento vivenciado como atroz, é fácil sentir que estamos perdidos. Porém, não está sozinho. Peça ajuda especializada.
AUTORES: Os psicólogos Sofia Gabriel e Mauro Paulino da MIND | Instituto de Psicologia Clínica e Forense, a qual disponibiliza nos seus serviços consulta especializada de apoio ao luto.
Mauro Paulino – Psicólogo Clínico e Forense
Coordenador da Mind | Psicologia Clínica e Forense
Sofia Gabriel – Psicóloga Clínica
Mind | Psicologia Clínica e Forense
MIND | PSICOLOGIA CLÍNICA E FORENSE
Centro de Escritórios Panoramic
Avenida D. João II, Lote 1.19.02, Escritório 6.06
1990-019 Lisboa – Parque das Nações
geral@mind.com.pt | (+351) 913 121 559
PALAVRAS-CHAVE: Deathclean; Acidente; Luto; Morte; MIND; Psicologia; Forense; Clínica; Catástrofe, Mauro Paulino; Sofia Gabriel