DEATHCLEAN – O que é a Síndrome de Noé?
A síndrome de Noé é uma variante da síndrome de Diógenes, classifica-se também como um transtorno de acumulação, mas ao invés de revistas ou grandes quantidades de lixo, a acumulação extrema é de animais.
O acumulador demonstra dificuldade e desconforto em se desfazer dos animais que ocupam a sua habitação, o apego é demasiado forte, que a pessoa chega a permanecer com os animais em casa, mesmo depois de mortos.
Este transtorno caracteriza-se não só como um problema de saúde mental, mas também como um problema de saúde pública. Esta doença coloca não só a vida dos animais em risco, como também a saúde do próprio acumulador e das pessoas próximas.
A acumulação de animais origina uma acumulação de urina e dejetos dos animais, infestação de parasitas (pulgas) e um odor intenso. Isto acontece devido à despreocupação do acumulador em manter as condições de higiene e sanitárias adequadas para os animais e para si mesmo. Os excrementos podem levar a muitas doenças diferentes, especialmente a proliferação generalizada de uma série de bactérias, isto pode contaminar os alimentos e mesmo os locais onde as pessoas dormem.
Estas condições revelam que a habitação é um espaço insalubre, sem condições de higiene e sanitárias para os animais, assim como para os seres humanos.
Dadas os problemas acumulação compulsiva, muitos destes animais são vítimas de maus-tratos porque vivem em ambientes sujos, lotados, passam fome e convivem com os cadáveres uns dos outros. Aliás, em alguns casos, as pessoas tendem a colocar os cães e gatos em jaulas.
Esta condição clínica está muitas vezes relacionada com outras doenças psicopatológicas, damos como exemplo, a esquizofrenia, perturbações da personalidade, perturbações obsessivo-compulsivas e, principalmente, com a depressão.
Síndrome de Noé – Os sinais:
Os sinais são muito evidentes, não só pelo facto da pessoa ser pouco sociável, mas também pelo exagero. Identificamos os mais comuns:
- Acumulação excessiva e patológica de animais;
- Condições precárias de higiene, vivendo a pessoa numa habitação insalubre, colocando em risco ela própria e terceiros;
- Incapacidade para cuidar adequadamente dos animais e cobrir as necessidades básicas dos mesmos;
- A negociação do problema é outro dos sintomas de síndrome de Noé. A pessoa é incapaz de notar o estado no qual os animais se encontram (desnutrição, doenças e até mesmo morte), assim como da própria casa;
- A pessoa vê-se a ela mesma como salvadora dos animais, devido à alteração e distorção da perceção que coexiste com esta síndrome;
- Presença de comportamentos agressivos se alguém tentar confrontar a situação ou entrar na habitação;
- Na maioria dos casos, os animais são recolhidos da rua.
Atualmente o Estado não controla os ambientes de acumulação de cães e gatos, visto que muitos desses locais são erroneamente denominamos de “abrigos de protetores independentes”.
As situações de denúncias poderão ser apresentadas através dos seguintes contactos:
Núcleo de Intervenção e Resgate Animal (IRA) – denuncias@nira.pt
BriPA (Brigada de Protecção Ambiental da PSP) – 21 765 4242 / defesanimal@psp.pt
SEPNA (Serviços de Protecção da Natureza da GNR) – 808 200 520 / sepna@gnr.pt
ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) – 21 312 4800 / icnf@icnf.pt
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