Processo de luto: quando é importante recorrer a ajuda psicológica?
A maioria das pessoas revela a capacidade de integrar a perda na sua história de vida e, por conseguinte, gerir os desafios associados a uma experiência de tamanho impacto emocional como perder alguém que amamos. Mas nem sempre isto acontece.
A vivência de uma perda é uma experiência traumática e, por isso, existe um risco elevado de ser desenvolvida patologia, como é exemplo a Depressão, Perturbações da Ansiedade, Perturbação do Stress Pós-Traumático ou a Perturbação do Luto Prolongado.
São vários os fatores que contribuem para que a integração da perda na identidade seja dificultada, desde as circunstâncias da morte (homicídio, suicídio, acidentes e respetivos cenários de violência e terror em que a DEATHCLEAN atua) até às características da relação de proximidade e intimidade emocional com a pessoa perdida.
Neste sentido, ainda que a vivência de uma perda seja única, existem alguns sinais a que devemos estar atentos, tais como:
- Sente-se incapaz de falar da pessoa perdida sem ser imediatamente invadido por um sofrimento intenso.
- É invadido por pensamentos automáticos e que não controla acerca da perda.
- Não é capaz de sentir bem-estar em atividades que anteriormente eram prazerosas e funcionavam como auto-cuidado.
- Sofre reações intensas perante estímulos com significado, como por exemplo contactar com os pertences da pessoa perdida.
- Sente-se tenso e assustado a maior parte do tempo.
- Por vezes, surgem pensamentos sobre querer desaparecer ou morrer.
- Vivencia dificuldades em dormir ou sente que dorme em excesso.
- Reconhece que come descontroladamente ou que, por oposição, perdeu o apetite.
- É incapaz de se concentrar no trabalho ou em tarefas básicas do dia-a-dia.
- Sente que as suas relações têm vindo a degradar-se desde a perda.
É importante destacar que estes exemplos se transformam em fatores de elevado risco de patologia, quando permanecem cerca de 06 meses após a perda. Nestes casos, torna-se imperativo recorrer a ajuda psicológica especializada com a maior brevidade possível.
Ainda assim, para pedir ajudar não é importante que todos os sinais (ou a maioria) mencionados anteriormente estejam presentes. Poderá bastar um deles para motivar o pedido de ajuda. A sensação de que o seu dia-a-dia tem vindo a ser prejudicado pelo sofrimento da dor é suficiente. Peça ajuda, não está sozinho(a).
AUTORES: Os psicólogos Sofia Gabriel e Mauro Paulino da MIND | Instituto de Psicologia Clínica e Forense, a qual disponibiliza nos seus serviços consulta especializada de apoio ao luto.
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