DEATHCLEAN –  Questões mais Importantes sobre os Acumuladores Compulsivos (Parte II):

  1. Quais as causas da perturbação da acumulação compulsiva?

Terem vivido um período de pobreza ou de dificuldade durante a vida é a fundamentação que o acumulador facilmente dá, para justificar a sua acumulação.

Cientificamente, esta não é a causa que se encontra por detrás da acumulação. A experiência de um acontecimento traumático na vida ou uma perda grave/significativa, segundo investigadores, é sim o fundamento que justifica o comportamento de acumulação. Está comprovado que os acumuladores geralmente dão início a este hábito para suprir uma necessidade emocional.

  1. Como ajudar um amigo ou familiar que é acumulador?

Apesar da preocupação e vontade de ajudar por parte dos familiares e amigos, esta ajuda pode não ser bem recebida por parte do acumulador, será útil ter em consideração o seguinte:

  • Enquanto a pessoa não estiver motivada internamente para mudar e compreender que realmente precisa de ajuda, não vai aceitar o seu pedido de ajuda;
  • Uma das características mais vincadas do transtorno da acumulação é a ambivalência em aceitar ajuda e desfazer-se dos seus objetos;
  • A motivação para a limpeza da acumulação pode surgir, mas requer algum trabalho e paciência, assim como acompanhamento junto de profissionais como psicólogos ou psiquiatras;
  • Não tente efetuar a limpeza sem o conhecimento do acumulador, poderá causar um enorme sofrimento. Além de que estará a colocar-se em risco, as casas dos acumuladores contêm diversos perigos escondidos e que facilmente podem prejudicar a sua saúde. A acumulação compulsiva é uma doença, deverá tratá-la como tal, deixe o trabalho da limpeza, que é extremamente complexo, para ser efetuado por profissionais experientes nesta área;
  • Além disto a tentativa de limpar, não passará disso mesmo, uma tentativa, porque não estamos a tratar o problema. O problema voltará a surgir e tendencialmente estas pessoas vivem sozinhas, não aceitando a perturbação que têm, facilmente voltam a acumular e a não deixar que terceiros se metam na sua acumulação. Esta sua tentativa só vai fazer com que o acumulador o mantenha ainda mais afastado.
  1. Quando saberei que a pessoa aceita a minha ajuda e como lidar com o problema para que a possa ajudar?

Quando a pessoa parecer disposta a falar sobre o problema, deverá seguir as seguintes diretrizes:

  • Respeitar – Independentemente de ser um espaço imundo e acumulado, é o espaço que a pessoa decidiu viver. Permitir que ela tome as suas próprias decisões sobre os seus próprios objetos, será uma boa atitude a tomar;
  • Empatia – Isto é uma perturbação, significa que a pessoa não está na sua plenitude e que à algo por detrás que explica que ela tenha chegado a este ponto na sua vida. Por isso deverá entender o apego que a pessoa tem a todos os seus objetos, mesmo que lhe pareçam inúteis;
  • Encorajar – Demonstrar à pessoa que será capaz de ultrapassar este problema, encorajando ao acompanhamento psicológico, tratando realmente o que a perturba. Não esquecer que este transtorno tem por detrás um trauma ou uma perda significativa, tratando psicologicamente o acumulador, será meio caminho andado para lidar com o trauma ou perda, que é o que o foca em acumular;
  • Demonstrar que não está sozinho – Manter-se presente em todo o processo, ajudar sempre na escolha e decisão dos bens a preservar, desmantelando a casa dos bens inúteis. Isto é um processo, que pode levar algum tempo;
  • Refletir – Ajudar em conjunto a pessoa a refletir e a reconhecer que o espaço precisa de ser libertado, para que não interfira no seu bem-estar e saúde;
  • AcompanhamentoContrate uma empresa que após a  triagem possa recolher todos os objetos, quanto mais depressa os mesmos saírem da casa, melhor. A DEATHCLEAN é uma empresa portuguesa, a única especializada e certificada em risco biológico. Tem uma vasta experiência na recolha e acondicionamento de resíduos de diversas tipologias, estando habilitada para efetuar o transporte, entregando conforme a legislação obriga, todos os resíduos a um operador de gestão devidamente licenciado. A DEATHCLEAN dada a experiência que tem na resolução de problemas de acumulação, conhecendo por dentro a perturbação, vai efetuar o despejo do espaço de forma respeitosa. Para o acumulador é importante estabelecer confiança com quem o está a ajudar, sendo uma mais-valia a contratação de uma empresa com experiência e que demonstrará empatia pela sua situação. Todos os resíduos provenientes de casas com acumulação são devidamente acondicionados pela DEATHCLEAN com o intuito de preservar a integridade do cliente, sendo que terceiros não tem o direito de ter conhecimento do que lá estava. Isto dará um grande conforto emocional ao acumulador.
  1. Existe tratamento para o transtorno da acumulação compulsiva?

Sim, esta perturbação pode ser tratada, no entanto, os tratamentos utilizados nem sempre tem sucesso. As estratégias utilizadas são:

  • Desafiar os pensamentos e crenças do acumulador sobre a necessidade de guardar objetos e sobre a aquisição constante de coisas novas;
  • Sair de casa sem comprar ou recolher novos artigos;
  • Desfazer-se de objetos, compondo a desordem e efetuando a reciclagem. Inicialmente deve começar-se por efetuar uma escolha do que é útil e possa ficar na sua vida, deixando de parte o inútil para ser depois recolhido por uma empresa que efetue a recolha destes objetos. Esta escolha deve ser feita acompanhada, especialmente por um psicólogo ou alguém com especialidade para tratamento destes casos;
  • Juntar-se a um grupo de apoio, onde vai encontrar outras pessoas que têm a mesma perturbação e que também estão a passar pela redução da desordem;
  • Compreender que podem ocorrer recaídas;
  • Desenvolver um plano com o objetivo de evitar a desordem no futuro;
  1. Como podemos saber se estamos perante um caso ligeiro ou grave?

De salientar que pessoas que sofrem desta perturbação revelam-se até agressivas por não aceitarem que têm um problema.

Uma das recomendações dadas pelo manual de classificação de perturbações, é de avaliar a gravidade do quadro, tendo por base o juízo critico e noção que o portador do transtorno tem sobre a sua situação. Para que o tratamento resulte, seja eficaz, é necessário existir uma autocritica, que é sistematizada em 3 possibilidades:

  1. Boa visão ou razoável – Consiste no paciente reconhecer que as crenças e comportamentos que são referentes à dificuldade de descartar objetos, à desordem, à ocupação do espaço ou aquisição excessiva de artigos, são realmente problemáticas e gostaria que não fosse assim;
  2. Perceção pobre (Insight pobre) – O paciente acredita, sem grande convicção, de que as crenças e comportamentos referentes à dificuldade em descartar objetos, à desordem ou aquisição excessiva, não são problemáticas, apesar das evidências em contrário;
  3. Perceção delirante – Quando o paciente está completamente convicto, de que as crenças e comportamentos referentes à dificuldade em descartar objetos, à desordem ou aquisição excessiva, não são problemáticas, apesar das evidências em contrário;

Dependendo da forma como o paciente se autocritica, vai influenciar no tratamento. Revelando-se os casos mais graves, quando a perceção é delirante. É mais custoso de convencer a pessoa a ser tratada e a resolver o seu problema. Acontecendo em alguns casos o internamento compulsivo do acumulador, por questões de saúde do mesmo e de terceiros, assim como para controlar a situação da acumulação.

Existem muitos insucessos no tratamento, abandono de medicação e de terapia, quando a pessoa se encontra no insight pobre, a não convicção plena, faz com que procure ajuda, mas que não siga com o tratamento até ao fim.

Conclui-se que o paciente que tem uma boa visão ou razoável, está mais preparado para aceitar e levar o tratamento até ao fim, sendo estes os casos mais fáceis.

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